sábado, 24 de abril de 2010

Sou seu amigo, mas a verdade é minha amicíssima

Inevitável será o caráter de auto-biografia destes apontamentos. Não gostaria de chamá-los assim, porque, afinal, a biografia de si mesmo é, em geral, uma forma de se falar bem ou mal de outras pessoas... Mas não terá existido, quiçá, livro algum que não expressasse a ótica do seu autor. Espero, outrossim, não incorrer num erro a que a grande escritora Lygia Fagundes Telles se referiu numa entrevista à revista ISTOÉ de 24/4/2002. Não tendo jamais escrito sua auto-biografia nem cogitando fazê-lo, ela explicou : “Eu inventaria muito”.

Todo o empenho colocarei para ser fiel ao pensamento atribuído a Aristóteles, que memorizei em latim e procurei sempre por em prática: “AMICO PLATO, SED VERITAS, AMICISSIMA”. Sou amigo de Platão, mas muito mais amigo da verdade.

E se alcançar meu desejo de aqui só dizer a verdade, é mais do que certo que algumas pessoas não gostarão do que eventualmente lerem. Afinal, Albert Einstein já dizia : “Se você sair para dizer a verdade, deixe a elegância para o alfaiate”. Se o mundo odiou Jesus sem motivo, como relata São João, quem sou eu para que todos gostem de mim ? Quem não teve inimigos foi porque não pensou. Logo, segundo René Descartes, o maior filósofo francês de todos os tempos, não existiu...

Nenhum comentário:

Postar um comentário