sábado, 24 de abril de 2010

O iluminado João XXIII abriu as janelas do Vaticano

Lembrou-me que quando ele chegara à cidade que conhecemos como a “Antioquia da Sorocabana”, os padres queimavam bíblias em praça pública, ele mesmo sendo perseguido na obra de evangelização. Ponderei que, “mutatis, mutandis”, os protestantes fizeram o mesmo com os católicos dos Estados Unidos, organizando piquetes com “posters” e marchando, em círculos, ao redor dos templos católicos, chamando-os de hereges e perturbando-lhes o sossego.

Era um confronto natural pois nós, os jovens, nos deparávamos com uma Igreja Romana renovada pela mente iluminada do papa João XXIII, talvez o mais importante que já esteve na cátedra de Pedro, enquanto Azor Etz Rodrigues, Sherlock Nogueira, Severino Alves de Lima, Sebastião Gomes Moreira, Manoel Machado, Isaac Gonçálves do Vale e outros pastores excelentes, incluindo o extraordinário Eduardo Carlos Pereira de Magalhães, conviveram com um catolicismo retrógrado e unha-e-carne com o governo, a ponto de dizer-se que “ninguém governa o Brasil sem o apoio da Igreja Católica”. A propósito, quase que se pode afirmar hoje que ninguém governa o Brasil COM a Igreja Católica, eis que a Confederação Nacional dos Bispos vive se pronunciando contra os governos constituídos e a corrupção, em defesa dos direitos do cidadão.

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