tag:blogger.com,1999:blog-59648037284786096412024-02-21T07:29:41.524-08:00Memórias do Roberto Vicente Cruz Themudo LessaIatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.comBlogger33125tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-27499789992484663242017-02-02T19:45:00.001-08:002017-02-02T19:45:39.208-08:00Mensagem do Rev. Gerson Annunciaçao ao BlogCaro Iatã,<br />
<br />
Tive hoje a grata surpresa, ao procurar algum material sobre o Rev.
Sátilas do Amaral Camargo na Internet, de me deparar com o seu blog em
homenagem ao seu pai. Fui criado na Primeira IPI de Curitiba e, quando o
seu pai a pastoreou, eu era criança. Mas me lembro, por exemplo, do
fusca que ele dirigia. Também do dia em que Paulo Autran esteve na
igreja.<br />
<br />
Mas as mais belas recordações que tenho dele são já do tempo em que eu,
já pastor da mesma denominação que seu pai serviu com tanto amor, me
encontrei com ele em reuniões conciliares. Além de minhas atividades
pastorais eu também era o Secretário de Missões da IPIB. Seu pai, em um
dos encontros que tive com ele, perguntou-me muito acerca dos projetos
missionário que tínhamos e, a partir dali, ele passou a ser um dos
contribuintes mais leais que tínhamos.<br />
<br />
Ele me disse o quanto amava
missões. Também meu revelou que, tendo que pagar contas das Escolas
Lessa quase que diariamente nos bancos, sempre levava "um dinheiro a
mais" e aproveitava para fazer um depósito na conta da então Secretária
de Missões. Quase todos os dias tínhamos uma contribuição vinda dele.<br />
<br />
Em outra conversa, ele me contou a apreciação que ele tinha por meu pai,
Paulo Annunciacao, que ele conheceu em Curitiba. O seu pai me contou que
havia aprendido "evangelização" observando meu pai em visitas que
faziam juntos. Numa das visitas, agendadas por meu pai para uma família
não cristã, o seu pai contou que ficou só observando o meu pai
apresentar o evangelho àquela família. Ao final, "após aceitarem a
Cristo", o meu pai convidava o seu pai para orar pelos novos
convertidos.<br />
<br />
O interessante disso para mim é que o meu pai era conservador,
principalmente comparado com o seu pai que, para a época, era chamado de
"modernista". Mas eu lembro do respeito que meu pai devotava ao Rev.
Lessa.<br />
<br />
Também me lembro de que o seu pai serviu a uma igreja Húngara (se não me
engano) na cidade de São Paulo. Preguei naquela igreja a convite dele.<br />
Resumindo: não há como ter conhecido o seu pai sem ter admiração por ele.<br />
Um abraço<br />
Rev. Gerson Annunciaçao.<br />
Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-89833054186794118162016-08-19T19:37:00.001-07:002016-08-19T19:37:15.089-07:00Não falava "Comunidade" porque a palavra era parecida
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Havia um anticomunismo patológico. Nos tempos
em que frequentei a Associação Cristã de Moços, onde fui presidente do Corpo de
Líderes de Menores e participei num Acampamento Internacional em Piriápolis, no
Uruguai, certo dia ouvi o professor João Lotufo, secretário geral da entidade<span style="color: blue;">,</span>
homem culto e íntegro, dizer que não usava a palavra “comunidade” porque era
parecida...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt;">De Piriápolis guardo um
“Album de Recuerdos” com significativo escrito de Héctor Caselli, então
secretário geral da Federação Latinoamericana das ACMs, que, posteriormente,
exerceu igual função na Federação Mundial. Ele me convidara para ser um secretário da ACM, profissão que equivaleria a um autêntico
ministério de Igreja. Depois de sentir a firmeza com que eu me manifestara com
a opção já feita em resposta ao chamado de Deus para o ministério da palavra e
dos sacramentos, ele deixou manuscrita sua admiração pelo “camino claro y
decidido” que eu revelara.</span></div>
Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-35248808372210605532016-03-11T15:59:00.001-08:002016-08-19T19:38:11.695-07:00A igreja presbiteriana do Brasil a reboque dos novos tempos<style>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 12pt;"><span style="color: blue;">A</span>inda como
seminarista, despertado pela Conferência do Nordeste, de 1962, promovida pela
Confederação Evangélica do Brasil e outros eventos que punham em realce a
necessidade de maior engajamento da Igreja nas questões sociais, passei a ser
visto com desconfiança e acabei tendo que renunciar, juntamente com o Moysés
Campos Aguiar Netto, ex-pastor e hoje grande psicólogo, autor de livros e
mestre do psicodrama, sendo ele então o vice-presidente da Diretoria da CMPIB.
Fazíamos a revista COROA REAL, da qual saíram seis excelentes números, modéstia
à parte, graças, também, aos dotes jornalísticos excepcionais de meu amigo
Nehemias Spereta Vassão, hoje editor da Revista MACKENZIE.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 12pt;">A Igreja Presbiteriana
do Brasil, sempre na retaguarda, no avesso da vanguarda, já dera um “golpe de
estado” ao extinguir a sua Confederação da Mocidade e sua magnífica revista
“Mocidade”, inaugurando o longo período de obscurantismo que até hoje vive.
Percebendo que iam imitá-la na Igreja Independente, o Moysés e eu,
estrategicamente, renunciamos, sob forte pressão política, aos cargos da nossa
influente Confederação e<span style="mso-spacerun: yes;">, </span>então, os caçadores de “comunistas”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>se deram por satisfeitos. </span></div>
Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-14578567170759742432016-03-11T15:55:00.000-08:002016-08-19T19:38:29.348-07:00"Leve a metade da roupa e o dobro do dinheiro"<style>
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<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 12pt;">Fui presidente da UMPI
(União da Mocidade da 1<sup>ª</sup> Igreja) e redator do seu jornal
mimeografado “O UMPISTA” vários anos, em cujas páginas está o primeiro artigo
de minha lavra que vi publicado em minha vida, aos 15 anos, intitulado
“Saibamos reconhecer o que fazemos de bom”. Depois pertenci à diretoria da
Federação da Mocidade do Presbitério, eleito vice-<span style="color: blue;">p</span>residente, ao lado do
presidente André Luiz Dias Giraldi, que depois se casou com a Beni Becker, irmã
da minha primeira namorada, a Anny. Fiquei como secretário executivo da
entidade nacional, após o VII Congresso Nacional do Umpismo, em Campinas
(1961), sucedendo ao rev. Xel Sant’Anna Graça. Este, amigo do coração, que
aposentou-se como capelão da aeronáutica dos Estados Unidos, ao me passar a
tarefa, deu-me ótimo conselho : quando for viajar, leve sempre a metade da
roupa e o dobro do dinheiro.</span></div>
Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-15714125953941827422016-03-11T15:52:00.001-08:002016-03-11T15:52:50.618-08:00Entrou na forma e saiu bolo
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt;">Essa compreensão
ecumênica somava-se a um amadurecimento em relação ao próprio significado do
ministério e fiz uma grande descoberta: enquanto, ainda jovem, eu, por assim
dizer, entrara na forma e saíra bolo. Quando passei a enxergar tudo com meus
próprios olhos, já não era mais pessoa de confiança de quem estava no poder.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt;">Lembro, então,
novamente, o grande matemático e filósofo francês cujo nome latino era Renatus
Cartesius (daí as coordenadas cartesianas), que ensinava: na vida, recebemos
um cesto cheio de maçãs, que são os valores a nós passados. Ao chegarmos à
idade da razão, devemos tirar todas essas maçãs do cesto e analisá-las. As de
que gostarmos, pomos de volta no cesto, as que não quisermos, deixamo-las fora.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt;">E assim aconteceu.
Antes havia exercido importante liderança, ao lado do meu grande amigo
presbítero Josué Pacheco de Lima, presidente da Confederação da Mocidade
Presbiteriana Independente do Brasil. Este homem de Deus com um carisma de
líder invejável, viajou comigo a muitos lugares e sempre revelou um entusiasmo
contagiante. A nossa afinidade e o imenso amor que temos pela Igreja
Independente nos mantém com fortíssimos laços de amizade até hoje. Estive em
sua casa quando ele completou 83 anos, a 6 de maio último. Infelizmente já não
está lúcido nem podendo participar das atividades da Igreja.</span></div>
Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-20346484957892106362016-03-11T15:47:00.000-08:002016-03-11T15:47:03.064-08:00Um toró fez mudar os planos
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt;">Voltando ao romance na
capital paranaense, Cleto, sendo moço e conhecedor da situação, convidou,
então, a Mariazinha para irem ao culto da Igreja Independente a fim de
conhecerem aquele pastor com 25 anos de quem se falava ser ecumênico e pregar
contra o latifúndio, fazendo estudos bíblicos sobre Amós, o profeta da justiça
social. Até padres pregavam na sua igreja, coisa que jamais tinha acontecido
antes!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Um temporal, porém, inundou a
cidade nesse domingo e não puderam ir. Coisas da Providência Divina.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt;">Vivia eu, então, esse
novo enfoque da minha fé. Em reunião constante com padres, freiras e outros
pastores de diferentes denominações, adquiri o hábito de ouvir a outra parte
antes de julgar. Na infância e adolescência sempre ouvira dizer que os
católicos romanos adoravam as imagens de escultura, contrariando um dos dez
mandamentos. Nunca me esqueço de que o padre Ozir Tésser me disse que isso não
era verdade e me perguntou: Você tem aí com você uma foto da Maria? É claro
que eu tinha. Mais de uma. “E você não beija essas fotos?”, ele quis saber.
“Toda hora”, respondi. “E você acha que, por isso, está adorando a sua namorada? Está colocando ela (sic) no lugar de Deus? Pois, do mesmo modo, quando um
católico beija a imagem da virgem Maria, está mostrando sua admiração por uma
camponesa que deu à luz sozinha numa estrebaria numa noite de inverno e que
teve o privilégio inaudito de ser a mãe do nosso Salvador, nada mais do que
isso”.</span></div>
Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-31053486038642649612016-01-15T14:04:00.004-08:002016-03-11T15:23:14.373-08:00Até os Confins da Terra<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O querido Rev. Roberto Vicente Cruz Themudo Lessa publicou, em junho de 1976, um livro chamado "...Até os Confins da Terra". Era uma coletânea de estudos bíblicos baseados nos três primeiros capítulos e nos cinco primeiros versículos do quarto capítulo do livro de Atos dos Apóstolos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O texto foi originalmente elaborado para atender à classe São João, adolescentes da Escola Dominical da 1.ª IPI de São Paulo em aulas ministradas entre 1963 e 1964. Neste ano de 64 o Rev. Lessa cursava o último ano do Seminário.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Em 1987, quando trabalhávamos juntos na escola Lessa Inglês para Brasileiros, ganhei de presente um dos últimos exemplares do livro. Passo a transcrevê-lo aqui em etapas, obedecendo rigorosamente a redação proposta no texto, a fim de que possamos alimentar nossas saudades e, ao mesmo tempo, saborear um ensinamento valioso, tão atemporal quanto edificante. Boa leitura a todos!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>Introdução ao Livro de Atos dos Apóstolos</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">1. <u>Autoria</u></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><u><br /></u></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O livro foi escrito pelo evangelista Lucas, o mesmo do 3.º Evangelho. Isto se prova porque:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">1) A dedicatória tanto do Evangelho como dos Atos é feita a Teófilo;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">2) Há semelhança de estilo, linguagem médica e linguagem geral dos 2 livros, usando Lucas mais de 40 palavras que nenhum outro autor do Novo Testamento usa;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">3) O autor se inclui na narrativa dos Atos, usando a linguagem "nós" e "nos"; isso dá a entender que ele era, nessa ocasião, companheiro de Paulo, o que se harmoniza com as referências do próprio Paulo em algumas epístolas;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">4) Renomados escritores dos primeiros tempos do Cristianismo dão testemunho da autoria de Lucas, como Irineu, bispo em Lyon, na Gália (A.D. 178); o fragmento do cânon descoberto por Muratori em Milão, na Itália (A.D. 170); Clemente de Alexandria (A.D. 190); Tertuliano, de Cartago (A.D. 200); Orígenes (A.D. 230) etc.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Para os textos desses autores, vide Schaff - "The International Commentary: Introduction to the Acts of the Apostles" - págs. 249, 250.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-small;"><b>* "...Até os Confins da Terra." - pág. 3</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
Paulo Roberto Pedrozo Rochahttp://www.blogger.com/profile/09548044606497976621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-86525948828953807762013-06-02T09:34:00.001-07:002016-03-11T15:22:20.205-08:00Felizes os Misericordiosos!<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Há uns 50 anos, meu saudoso
pai contava aos filhos um caso
acontecido com o também saudoso presbítero Alberto da Costa da 1a. Igreja
Presbiteriana Independente de São Paulo. Não me lembro das minúcias, mas na
essência a história era assim: Fizera ele uma compra no comércio em três
pagamentos de 230 cruzeiros e dez centavos. Quitou a entrada e, trinta dias
depois, pontualmente, pagou a primeira promissória. Ao se completarem sessenta
dias, “seu” Costa foi pessoalmente à loja e pôs 230 cruzeiros em dinheiro sobre
o balcão. Procurou nos bolsos uma moeda. Não a encontrando, deu ao comerciante
uma nota de dez cruzeiros para que ele cobrasse os centavos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">- <i>Imagine, “seu” Costa, trocar dez para tirar dez
centavos ? O senhor me deve dez centavos e eu rasgo a promissória agora mesmo.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No dia seguinte, Alberto da Costa voltou à loja e deu a
moeda.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">- <i>Não acredito, disse o negociante. O senhor se abalar
para vir até aqui por causa de uma quantia tão irrisória?</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">- <i>Vim porque o sr. me disse que eu lhe devia os dez
centavos e o crente nunca fica devendo nada a ninguém.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Bem, esta história bonita hoje é romântica,</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">platônica, impossível de se repetir.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No momento atual, no Brasil, todos devem a todos. Por
isso, torna-se aflitivo para os cristãos, que concordam que não se deve </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">dever, que foram criados
ouvindo o provérbio espanhol “Duerme sin cena y levantarás sin deuda”, verem-se
na contingência de terem dívidas, credores nas suas portas, cobranças chegando
de todos os lados.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Saiu na “Folha de São Paulo”, caderno “<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">D</span>inheiro”, uma
história de alguém que depositou em poupança, há muitos anos, o valor da
entrada de um apartamento que pretendia comprar e o que lhe está </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">creditado hoje são apenas
alguns centavos. Essas mágicas que assaltaram a todos nós, incluindo o famoso
roubo de cerca de 85% de tudo que tínhamos em poupança no último mês de
inflação alta, levaram inúmeros brasileiros à situação que agora vivem.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Pessoas que jamais deveram o que quer que seja, hoje não
vêm solução para seu endividamento : já cortaram todos os gastos, já dispuseram
de todas as suas economias, já venderam imóveis e estão “comendo tijolo,
desfazendo-se de bens que amealharam durante muitos e muitos anos. A
quebradeira na indústria e no comércio é inenarrável, o desemprego chega a dois
milhões de </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">trabalhadores na Grande São
Paulo. Como pagar dívidas se se está desempregado?</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Até mesmo os parentes e amigos chegados,
solidários com a situação de angústia nos primeiros momentos, não podem, no
entanto, assumir a carga dos outros para sempre.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“O que não tem remédio, remediado está”, diz a sabedoria
popular. E porque não há remédio, os próprios cristãos viram para o lado e
dormem todas as noites porque se não fizerem isso, enlouquecem ou ficam sem
condições psicológicas de trabalho, o que só faria aumentar a bola de neve dos
compromissos assumidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">E, como em todas as situações que vivemos, vamos voltar
os nossos olhos para a Escritura Sagrada, que é “lâmpada para os nossos pés e
luz para o nosso caminho” (Salmos: 119:105).</span><span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif; font-size: 13pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">São
Mateus é o único evangelista que registra a parábola contada por Jesus do
credor incompassivo (18:23-35).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Um rei
ajustava contas com seus ministros e trouxeram-lhe um sátrapa, homem de
confiança, que lhe devia 10.000 talentos. Variam os cálculos entre os diversos
estudiosos sobre o valor dessa moeda, mas todos concordam que era uma quantia
vultosíssima, entre 6 e 10 milhões de dólares americanos atuais. Razão pela
qual, devemos admitir que se tratava de pessoa de muita confiança do soberano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A leitura dos
jornais ultimamente nos informa de um sem-número de grandes empresários,
banqueiros, construtoras, donos de cadeias de lojas que faliram. Fecharam suas portas
irremediavelmente. A globalização tem muito a ver com isso. Hoje tudo é
massificado, não há mais lugar para o artesanato. A Prefeitura de São Paulo está na bancarrota.
Os movimentos populares vão a Brasília pedir a mudança na política econômica do
país. Os protestos tendem a aumentar. E isso porque muitas empresas não foram
liquidadas por corrupção ou desmandos administrativos. Profissionais
competentes, experientes e que trabalhavam arduamente tiveram que encerrar
atividades. Era o caso do sátrapa da parábola.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ninguém
entregaria tão grande soma nas mãos de alguém que não tivesse um cadastro com
suficientes garantias. Ainda assim, provavelmente o grande homem de negócios
foi mal sucedido e, por certo, quanto maior a nau, maior a tempestade. Sua situação
era de inadimplência, daí ter ele que humilhar-se diante do credor.
“Prostrando-se, reverente, rogou : Sê paciente comigo e tudo te pagarei” (18:
26).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Disse, em
outras palavras, o que hoje estamos acostumados a ouvir :</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">- Devo, não
nego. Pagarei quando puder.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Assumiu,
portanto, a dívida e pediu um prazo maior para quitá-la. Hoje descrevemos isto
assim : Tentou negociar a dívida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Por conhecê-lo
e julgá-lo um homem de bem, de caráter e, usando de misericórdia para com ele,
o governante o perdoou e considerou a dívida paga. Foi, pois, além do que o
servo lhe pedira. Não lhe deu mais tempo para o pagamento : anulou o
compromisso, não quis recebê-la, num gesto de grandeza memorável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Prossegue a
narrativa, dizendo que, nem bem saíra da presença do rei, o perdoado encontrou
um seu empregado, que lhe devia uma quantia irrisória, cem denários, o que se
calcula hoje entre quinze e vinte dólares dos Estados Unidos. “Agarrando-o, o
sufocava, dizendo : Paga-me o que me deves” (verso 28). Caindo aos seus pés, o pobre
homem implorava, com as mesmas palavras que o credor usara diante do rei : “Sê
paciente comigo e te pagarei”. Ele, porém, o lançou na prisão até que saldasse
a dívida. Em outras palavras, foi incompassivo, não se compadeceu da
dificuldade do devedor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Chegando a
notícia aos ouvidos do senhor do sátrapa, ele ficou muito indignado e, chamando
de volta o seu ministro, reverteu a decisão e mandou entregá-lo aos verdugos
até que lhe pagasse toda a dívida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O ensino da
parábola é límpido, resumido pelo próprio Senhor Jesus deste modo : “Assim
também meu Pai celeste vos fará se não perdoardes cada um a seu irmão”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Pedro
anteriormente lhe havia perguntado até quantas vezes se deveria perdoar a um
irmão que pecasse contra ele. Até sete vezes ?, ao que o Mestre lhe respondeu :
Até setenta vezes sete. O que, obviamente,
não significa quatrocentas e noventa vezes, mas infinitamente...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Interessante
que Pedro, ao perguntar usando o número sete e, tendo observado como Cristo era
misericordioso e perdoador, já elevou para sete um número que era, na cultura
dos judeus da época, de três ou, no máximo, quatro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Era corrente
entre os rabinos o ensino de que se deveria perdoar uma pessoa até três vezes.
Um deles, por nome José Ben Hanina dizia : “O que roga a seu próximo que lhe
perdoe não deve fazê-lo mais de três vezes”. Por sua vez, o rabino José Ben
Jehuda ensinava : “Se alguém comete uma ofensa uma vez, é perdoado. Se a comete
pela segunda vez, é também perdoado. O mesmo acontece se a comete pela terceira
vez. Da quarta vez em diante, porém, não o perdoam mais”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Baseavam-se no
Velho Testamento, onde se lê no profeta Amós :”Por três transgressões de
Damasco e por quatro, não sustarei o castigo” (I,3); “Por três transgressões de
Gaza e por quatro, não sustarei o castigo” (I,6); “Por três transgressões de
Tiro e por quatro, não sustarei o castigo”; e assim por diante : (verso 13 e
II,1, 4 e 6)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Jesus MUDOU
também este ensino anterior, quando, REPETIDAS VEZES ensinou o perdão, que é a
grande oferta do Cristianismo para toda a humanidade. Para salvar o ser humano,
Jesus PADECEU no Calvário e, com o seu sacrifício, adquiriu o direito de
perdoar. E é essa atitude de PERDÃO que ele traz para conosco e quer que nós o
imitemos em relação aos nossos semelhantes. Vejam-se, então os seus ensinos, de
uma clareza meridiana :<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">1.
Na oração do Pai Nosso : Perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos
os nossos devedores. Mateus : VI, 9-15.
(A Igreja Católica Romana, em sua versão atual dessa oração judaica, diz :
“Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos têm ofendido”)
Pode-se entender a palavra tanto como uma dívida de dinheiro como uma ofensa,
portanto as duas versões estão corretas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">2. No final da oração ele REFORÇA :
Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos
perdoará. Se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará
as vossas ofensas (versos 14 e 15).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">3. Nas bem-aventuranças :
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Em outras
palavras : São felizes os compassivos, os que se compadecem, porque as pessoas
serão compassivas com eles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">4. A parábola do filho pródigo
mostra com clareza absoluta que o perdão do Pai é uma realidade. (Lucas 15,
22-24)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">E S. Tiago vai pelo mesmo caminho (2,13) : O juízo é sem
misericórdia para com aquele que não
usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Observemos mais
que um ponto de destaque da parábola é a COMPARAÇÃO entre as duas dívidas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O ensino se
resume assim :<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><i>NO TERRENO DAS
DÍVIDAS, NADA QUE NOS FAÇAM PODE SER
COMPARADO COM O QUE FAZEMOS A DEUS.</i></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> As dívidas ou ofensas que podem nos fazer são
de dois tipos :<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> 1. De dinheiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> 2. Ofensas de ordem moral;
difamações, falsos testemunhos, calúnias, injúrias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Mas as nossas dívidas para com Deus
incluem um terceiro item, muito mais grave : a dívida ESPIRITUAL.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">1. Sim, devemos dinheiro a Deus
: na forma de contribuições para a
manutenção e expansão do seu reino às vezes damos muito aquém de nossas reais
possibilidades. Costuma-se dizer que os cristãos dão dez por cento para suas Igrejas e é verdade : a maioria
costuma dar DEZ POR CENTO DO QUE DEVERIA DAR... E a nossa divida em dinheiro
para Deus se expande através da nossa indiferença para com os problemas do
próximo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“Quem dá aos pobres empresta a Deus”
não é um provérbio popular, é um provérbio da Bíblia ! (19:17) E Jesus ensinou
: “Dá a quem te pedir e não te desvies de qualquer que te pedir que lhe
emprestes” (Mateus : V,42). E em Lucas : VI,34, a coisa não poderia ficar mais
clara: “Se emprestais aqueles de quem esperais receber, qual a vossa recompensa
? Também os pecadores emprestam aos pecadores para receberem outro tanto. Amai,
porém, os vossos inimigos e emprestai sem esperar nenhuma paga. Será grande o
vosso galardão e sereis filhos do Altíssimo. (...) Sede misericordiosos como
também é misericordioso vosso Pai”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A propósito, QUEM DÁ DEPRESSA DÁ
DUAS VEZES.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">E devemos ter a sensibilidade de
perceber quando alguém necessita de empréstimo e oferecer-lhe ANTES que ele nos
peça, para mostrar o nosso amor e evitar-lhe constrangimento e humilhação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">2. Ofendemos moralmente a Deus
quando não agimos segundo a sua lei moral. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Um patrão, que dá uma ordem ao seu
empregado não admite desobediência. Se numa empresa o presidente passa uma
determinação e seus empregados não tomam conhecimento, agindo cada um conforme
acha que deve agir, que papel faz o presidente ? E se um general determina que o coronel aja
de acordo com certa norma e este se recusa a agir conforme foi comandado. a que
papel se presta o general ? Ora, se Deus
nos deu uma lei moral e nós agimos conforme nossa maneira de pensar, que papel estamos fazendo que o Senhor
desempenhe ?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Seja, pois, a nossa oração a do
poeta sacro que escreveu o belíssimo hino do “Salmos e Hinos” FINDA-SE ESTE DIA
QUE MEU PAI ME DEU :</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">- Com os pecados de hoje eu te
entristeci. m</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">as perdão te peço por amor de Ti.</span></i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">3. A mais importante das nossas
dívidas com Deus é de ordem ESPIRITUAL. Primeiro, porque já nascemos em pecado
(Salmo 51,5). Segundo, porque “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6,23). E terceiro, porque somos nós os responsáveis pela morte de Cristo na
cruz. Quem deveria estar naquela cruz não era, por certo, o filho de Deus, três
vezes santo. Não era aquele varão perfeito, puro e bom, mas cada um de nós,
porque a dívida era NOSSA !</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ele porém, morreu em nosso lugar :
fez o sacrifício VICÁRIO. E nos deixou o ensino de que se não perdoarmos, como
ele perdoou e, DE GRAÇA nos salvou, não seremos, também, alvos de sua
misericórdia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Calcula-se que a dívida do conservo
do sátrapa era de um seiscentos mil avos do valor da dívida deste para com o
rei.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A comparação da maior das dívidas
que possam ter para conosco em relação ao que devemos a Deus é incalculável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Notemos, finalmente que Deus é Pai,
mas não é indulgente para com o nosso pecado. “O pai que ama o filho não lhe
poupa a vara” é ensino dos PROVÉRBIOS (XXIII,13).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ele conhece as nossas dificuldades e
“a um coração quebrantado e contrito Deus não desprezará” (Salmos : LI,17).
Deus está sempre pronto a perdoar, mas ele não pode entrar num coração que não
esteja também disposto a perdoar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Há, certamente, devedores cínicos,
maus caracteres, que ficam devendo dolosamente, de caso pensado. Não conhecemos
gente que almoça em restaurante de outra cidade que paga com cheque e ao chegar
no seu local de origem manda o banco sustar o cheque ? Não sabemos de quem aluga um imóvel já com
deliberado propósito de não pagar aluguer ? Não lemos sobre “golpes na praça”
de quem toma dinheiro para aplicar já pensando em usar esse dinheiro para si
próprio ? Não se pode, com certeza, usar
de misericórdia para com quem não tem qualquer misericórdia daquele a quem
cinicamente, friamente prejudica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Existem, no entanto, no Brasil de hoje, inúmeros casos de
pessoas de bem, que se endividaram pelas circunstâncias políticas e econômicas
do nosso tempo e, quanto estiver em nós, devemos nos lembrar dos preciosos
ensinos da Bíblia, que nos levam a uma compreensão, à misericórdia e ao perdão
aos que nos devem.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;"><b>Sermão pregado na Igreja Cristã Reformada em 12 de setembro de 1999. Texto editado por Paulo Roberto Pedrozo Rocha para esta publicação.</b></span></div>
Paulo Roberto Pedrozo Rochahttp://www.blogger.com/profile/09548044606497976621noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-78850976788968038952011-08-09T18:34:00.001-07:002016-03-11T15:21:37.363-08:00A primeira geração de pastores brasileiros que estudou foraUma ocasião, quando ele (Paulo Autran) estava na novela das seis, na rede Globo, foi internado na “Beneficência Portuguesa” para colocar uma ponte de safena. Na véspera da cirurgia fui visitá-lo e li para ele, dos “Salmos na linguagem de hoje”, o 121, onde se encontra: “O Senhor guardará a tua vida”. Ele me pediu para ficar com o livrinho. Mais tarde, quando fui candidato a vereador (1982) pelo velho PMDB (não o atual), constou da minha propaganda na TV o seu valioso apoio.<br />
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A nova compreensão do Evangelho, que incluía essa abertura para o “mundo”, compreendia um novo entendimento dessa palavra que, aliás, em latim significa “limpo”, o contrário de “imundo”, que quer dizer “sujo”. Nas bemaventuranças, a Vulgata Latina registra “Beati mundo corde” para “Bem aventurados, os limpos de coração”. Os evangélicos fundamentalistas separam sagrado e profano, os da Igreja e os do mundo, sem levar em conta que a única diferença entre os crentes e os outros é a de que somos mendigos como eles, mas sabemos onde encontrar pão.<br />
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Comprometida com a questão social, representava esta visão um novo enfoque da vida eclesiástica, ao qual especialmente a juventude era sensível e aplaudia com entusiasmo. E esse novo modo de ver advinha do fato de a minha ser a primeira geração de pastores brasileiros a ter a oportunidade de fazer pós-graduação no estrangeiro, o que alargava imensamente os nossos horizontes, antes mais modestos e provincianos.<br />
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Na Suíça tive entre meus professores o dr. Fausto Wolff, Nikos Nissiotis, o pastor reformado Hans-Ruedi Weber, Visser’t Hooft e o Rev. Martin Niemoller, para ficar nuns poucos exemplos. É deste último o célebre depoimento: “Primeiro vieram buscar os sindicalistas e eu não fiz nada porque eu não era sindicalista. Depois vieram buscar os comunistas e eu nada fiz por não ser comunista. Levaram os católicos e eu nada fiz porque era protestante. Finalmente vieram me buscar e quando o fizeram não havia ninguém para fazer algo por mim”.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-62805972293449435022010-04-25T19:50:00.001-07:002016-03-11T15:19:33.141-08:00Paulo Autran na primeira igreja de CuritibaA propósito da revista REALIDADE, Flávio Rangel e Paulo Autran levaram ao teatro Guaíra a peça “Liberdade, liberdade”, uma das poucas que conseguira vencer a censura e, num sábado, fui vê-la. Após a apresentação, aplaudidíssima, fizeram um debate com o público e foi quando conheci Paulo Autran. Perguntei-lhe se, convidado, falaria à minha Igreja no dia seguinte.<br />
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- É claro que eu vou. Nunca fui a uma Igreja protestante.<br />
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Acompanhado do jornalista Luís Fernando Mercadante, da REALIDADE, eles fizeram agradável visita a mim e ao Rev. Sátilas no escritório da Igreja, durante a Escola Dominical. No encerramento, Paulo recitou o “Navio Negreiro” de Castro Alves e outras poesias do mesmo quilate e dissertou brevemente sobre a liberdade. Fiz uma prece em seu favor. Na reportagem de capa da edição seguinte, sobre o mais preeminente ator brasileiro, Mercadante mencionou a visita e publicou minha oração.<br />
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O culto da noite desse dia me reservava uma surpresa. Sempre havia menos crentes do que de manhã, mas, assim mesmo, o auditório tinha um bom número de pessoas. Ao entrar para dirigir o serviço religioso, o templo tinha meia dúzia de gatos pingados. Óbvio está que, “onde houver dois ou três reunidos em meu nome”, disse Jesus que estaria no meio deles, e o culto se realizou normalmente. A explicação para a ausência do povo é que era o último dia da peça em Curitiba e todo mundo foi ver o Paulo Autran.<br />
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Ficamos amigos a partir desse dia. Ele me convidou para almoçar com ele e o ilustre jornalista no Hotel Iguaçu (onde passei minha primeira noite de casado) na segunda-feira.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-44180770614374294642010-04-25T19:46:00.001-07:002016-03-11T15:09:56.796-08:00Dona Cidália não era prostituta. Estava prostituta.A igreja publicava, todo domingo, um boletim impresso. Era meu costume, às quintas-feiras, deixar na tipografia os originais. Nas sextas, revisava tudo e, com essa rotina, passei a conhecer todos os funcionários da gráfica, entre os quais dona Cidália (nome fictício). Sempre cordial, ela me saudava quando me via. Era-lhe tarefa juntar folhas e dobrá-las.<br />
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Uma noite, após umas visitas no Hospital Evangélico, voltava à casa pastoral quando parei meu “pé-de-boi”, um Volkswagen “pelado” que estava pagando em 36 meses à Caixa Econômica, num semáforo, e tive grande surpresa. Naquela esquina, usando peruca, minissaia e blusa decotada, lá estava ninguém menos que dona Cidália. Senti que ficou chocada ao me ver.<br />
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Segui o rotineiro procedimento das quintas e sextas, sem jamais modificar minha atitude para com essa mulher, continuando a cumprimentá-la com a mesma cordialidade de sempre, como se jamais tivesse visto a cena da esquina. Tempos depois, no Hospital do Cajuru, a perna esquerda engessada após terrível acidente que depois mencionarei, recebi, entre as inúmeras visitas, uma muito especial. Certa tarde, dona Cidália veio me ver. A sós comigo, abriu seu coração. “Estou aqui por três motivos. Primeiro, vim ver como o senhor está. Vim também para lhe agradecer. O senhor nunca referiu a ninguém o que viu nem mudou seu modo de me tratar. E, em terceiro lugar, quero lhe dizer que não tenho essa atividade como profissão. Vou à rua porque meu marido é bêbado e tenho três crianças. O salário da gráfica mal paga o nosso aluguel e fico desesperada de ver os meninos sem ter o que comer.”Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-75129995461119980702010-04-25T19:43:00.000-07:002016-03-02T18:49:44.771-08:00A mulher da ruaAgravava a análise de muitos eu já ter pregado, no dia das mães, o sermão “A mulher da rua”, publicado no mesmo dia pelo O ESTADO DO PARANÁ, onde mantive, todos os domingos, a coluna “Momento ecumênico” e também o fato de haver analisado o homossexualismo em outra homilia. Eram temáticas das quais o púlpito protestante era viúvo. E não se diga que houvesse alguma obsessão de minha parte por assuntos que envolvessem sexo, eis que eu pregava três vezes por semana. Publiquei num dos boletins dominicais de 1966 uma relação dos assuntos abordados pelo púlpito, onde se pode ver o amplo leque das pautas, nas quais constavam sermões sobre os livros de Ester, Joel, Amós e Cântico dos Cânticos, entre outros pouco focalizados.<br />
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Óbvio está, portanto, que, longe de desejar algum sensacionalismo barato, minha preocupação era não fecharmos os olhos à realidade ao nosso redor. A prostituição é tema frequente na Bíblia. No segundo ano do pastorado vivi concretamente esta situação, que estimo válido registrar.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-74512578800877011762010-04-25T19:39:00.000-07:002016-03-02T17:49:22.519-08:00O "Sermão do amor livre" foi um Deus-nos-acudaMeus sermões tinham firme embasamento nas Escrituras, conforme se pode ver nos esboços distribuídos todos os domingos e devidamente arquivados, feitos para que a Igreja pudesse acompanhá-los “pari-passu” e depois discuti-los numa assembleia informal. Não que eu não cometesse erros. Afinal era dono de vasta inexperiência, mal saído das fraldas do Seminário e sem ter cumprido o ano de licenciatura, hoje obrigatório. Preguei um sermão polêmico sobre “Relações pré-conjugais” em outubro de 1965, no domingo seguinte a uma reportagem de capa, sobre o mesmo tema, da revista REALIDADE, que ocupara o lugar de O CRUZEIRO como a maior revista nacional.<br />
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A atriz Ingrid Thulin, sueca, afirmava que tinha deixado a Igreja por esta ter gente muito atrasada. Ela defendia relações pré-matrimoniais, desde que houvesse amor. Expus à Igreja o conteúdo da matéria e, no final, deixei bem clara a posição do cristão nessa momentosa questão. Foi um deus-nos-acuda. Meses mais tarde, o saudoso Rev. Antônio de Godoy Sobrinho fez-me esta crítica inteligente e sensata: meu erro tinha sido não na apresentação da doutrina bíblica e sim na falta de ênfase sobre ela. “Você passou três-quartos do tempo falando sim e só uma quarta parte falando não. Ficou a impressão de que defendia o amor livre”.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-78037778738813167332010-04-24T12:18:00.000-07:002010-04-24T12:22:22.012-07:00Uma longa ditadura de 21 anosO golpe de estado militar, que derrubou o governo constitucional de Jango Goulart em 31 de março de 1964 e instalou a ditadura que iria durar 21 longos anos, estava há pouco tempo em vigor. A censura medrava de forma crescente e os radicalismos eram muito reais. Sermões sobre temas que hoje um seminarista prega com a maior naturalidade eram tidos como perigosos e marxistas. Fiz, a propósito, num domingo, um sermão intitulado “Verdades e erros do marxismo”. <br /><br />Um dia, no Conselho, o vice-presidente, presbítero Dr. Fernandino Caldeira de Andrada, cujo neto, (filho de sua filha Mânia com o rev. Wesley Werner) batizei, propôs uma lista de assuntos que não deveriam ser abordados nas homilias! Ele, advogado, rasgava a constituição da Igreja, eis que o púlpito presbiteriano é de responsabilidade exclusiva do pastor, o único presbítero docente. Aos presbíteros regentes é vedado opinar ou imiscuir-se em assunto reservado aos ministros da palavra, devidamente preparados por seu bacharelado em teologia, entre tantas outras exigências. Era como se o pedreiro dissesse ao engenheiro o que fazer na obra. Isso para dar uma idéia do clima que se vivia.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-86272849839281982522010-04-24T12:14:00.000-07:002016-03-02T16:19:11.025-08:00Casamento<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirYsZu9zISpm3FieXVxQfgF1UM0gxgCXKEf6utXhmGaPcd1MasZVluiG0GhCgEDikpAScn72Dqy1RhZpHM4UB3lVLD4lz8ycAxawpOxUuLk4PUpVXCKutQPXqezajVmvMet0gyvNHfDw/s1600/Casamento+Papai+e+Mama%25CC%2583e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirYsZu9zISpm3FieXVxQfgF1UM0gxgCXKEf6utXhmGaPcd1MasZVluiG0GhCgEDikpAScn72Dqy1RhZpHM4UB3lVLD4lz8ycAxawpOxUuLk4PUpVXCKutQPXqezajVmvMet0gyvNHfDw/s320/Casamento+Papai+e+Mama%25CC%2583e.jpg" width="219" /></a></div>
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Maria e eu nos casamos na cidade catarinense outrora conhecida por Nossa Senhora das Lages. No civil, em primeiro de setembro, e na Igreja Presbiteriana local, no dia seguinte, em 1967. Foi celebrante o então reverendo João Daniel Migliorini, hoje presbítero, pessoa que tem lugar muito especial no meu coração. A recepção foi no Grande Hotel Lages. Foram nossos padrinhos no civil, o Renato e a Lila e, no religioso, tio Totó e tia Adair.<br />
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Curioso que, sendo eu o pastor da 1ª Igreja Presbiteriana Independente, no templo hoje tombado pelo Patrimônio Histórico de Curitiba, a duas quadras da Praça Tiradentes, era corrente a informação, no meio protestante local, que o novo pastor, vindo de São Paulo, era revolucionário. Isso equivalia a ser “subversivo”.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-18136353112172733302010-04-24T12:08:00.000-07:002016-02-25T15:56:53.567-08:007 de Outubro de 1966 - 2 de Setembro de 1967Era uma quarta-feira e eu estava pregando no culto de meio de semana. Ao terminar a pregação alguns líderes me aguardavam na sacristia, a ver se eu apoiaria a manifestação. Eis que já havia um sacerdote católico no local e queriam também um pastor protestante. Não hesitei um segundo e para lá me dirigi, sendo um dos oradores. Com muita determinação, lembrei a todos da esquecida promessa feita pelo ditador anterior, o cearense Humberto de Alencar Castello Branco, de que logo teríamos eleições, o que só ocorreu vinte anos mais tarde.<br />
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Nessa noite, do púlpito onde me encontrava, acompanhei, “pari passu”, todos os movimentos de uma moça linda, com um capuzinho vermelho, que não tirava os olhos de mim. Eu não via a hora de terminar tudo para chegar perto dela mas, que pena, desencontramos no meio da pequena multidão e o encontro só se daria 4 dias mais tarde, para não haver, mercê de Deus, mais desencontro. <br />
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Quando soube do acontecimento que levaria a Maria a romper seu noivado – fato que merece registro – o dr. Cleto se houve como um cavalheiro, respeitando a decisão dela com fineza impecável. Conheci-o seis anos depois, recém-casado, em Brasília e fomos recebidos na casa da Sílvia, minha cunhada, quando confirmei que se trata de pessoa finíssima, culta e muito agradável. Como dizia Blaise Pascal, “le coeur a ses raisons, que la raison-même ne compris pas”. (O coração tem razões que a própria razão não compreende).Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-15922206348503630012010-04-24T12:04:00.000-07:002016-02-25T15:54:39.319-08:00A posse na "Ditadura da República"Deus é grande. Depois de memorável festa na casa de uma amiga comum chamada Paula, de quem nunca mais tivemos notícia, no dia 7 de outubro, Maria e eu nos apaixonamos loucamente e esse é o dia oficial em que começamos a namorar. Ela fazia, na Universidade Federal do Paraná, os cursos de direito e de jornalismo. Ficamos noivos em Lages em 26 de março de 1967, abençoados pelo pastor Paulo Brasil, na casa dos pais dela, à Rua Correia Pinto, 372. O Paulo era um rapaz culto, pastor da Igreja Presbiteriana de Lages e um dia, para surpresa de muitos, saiu para tornar-se pentecostal, com igreja própria. <br />
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Em 3 de outubro de 1966 tomava posse na presidência da República ou, melhor dito, na Ditadura da República, o marechal Arthur da Costa e Silva, o primeiro de uma série de gaúchos que, rasgando a Constituição, subia ao poder legal, mas não legitimamente. Não tendo armas nem outro recurso, o povo brasileiro protestou com um sem-número de piadas em que ele fazia o papel de idiota. O movimento estudantil, que era organizado e fortíssimo, decidiu promover uma manifestação de protesto e seus líderes convocaram os universitários e secundaristas para um comício usando como tribuna as escadarias da Biblioteca Pública de Curitiba.<br />
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Na ocasião, o presidente da UNE – União Nacional dos Estudantes, era o senador José Serra, que foi ministro da saúde do atual governo do PSDB e se candidata à presidência da República. Quem o viu e quem o vê! A propósito, deixou em seu lugar um ex-aluno meu de inglês, Barjas Negri, que é de Piracicaba, onde hoje tenho duas escolas de inglês franqueadas. Outro aluno da Escola Lessa foi o atual ministro da justiça, Miguel Reale Jr.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-9326112715228337762010-04-24T11:56:00.000-07:002016-02-25T15:53:07.741-08:00Sem querer, o saudoso Rev. Elias Abrahão atrasou meus planosConheci a então MARIA HOESCHL MARQUES, natural de Lages, Santa Catarina, em junho de 1966, após um culto ecumênico realizado na Igreja católica de Santa Terezinha, que teve como pregador o erudito pastor presbiteriano Rev. Jorge César Mota, falecido no dia de natal de 2001. Fui apresentado a ela na casa de Paulo Menguê, também lageano, na Praça Osório, no centro, pelo saudoso Rev. Elias Abrahão, que por muitos e muitos anos foi pastor da Igreja Presbiteriana central da capital paranaense na Rua Comendador Araújo e faleceu tragicamente num acidente de automóvel na rodovia Paranaguá-Curitiba quando era deputado federal. Quando lhe perguntei quem era a Mariazinha, ele liquidou a conversa, dizendo: “É a namorada do meu melhor amigo”.<br />
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Isso atrasou muito a programação. Foi no mês seguinte, ao voltar de uma viagem a Recife, onde participou com o saudoso Dom Hélder Câmara, com universitários da União Cristã de Estudantes do Brasil, entre os quais o primo Paulo Cruz, Margarida Moura, Walter Soboll, Diana Cunha e estudantes da Universidade americana de Cornell, de um simpósio em Ponte dos Carvalhos, que ela ficou noiva do médico presbiteriano lageano Cleto Anderson de Souza. Ele é cirurgião plástico. Estavam com seu casamento marcado para 17 de dezembro e tinham convidado para celebrá-lo o nosso grande amigo Rev. Éber Fernandes Férrer, hoje morando em Roma com a segunda esposa, a suíça Claudine. Sua primeira mulher, Vera, é de Campinas e mãe de seus dois filhos.<br />
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O Éber foi um dos que impôs as mãos sobre minha cabeça na ordenação ao ministério. Ele sempre foi muito grato aos meus tios Vicentinho e Aleth por o terem ajudado quando seminarista.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-29886336118344081722010-04-24T11:51:00.001-07:002016-02-25T15:50:38.543-08:00O iluminado João XXIII abriu as janelas do VaticanoLembrou-me que quando ele chegara à cidade que conhecemos como a “Antioquia da Sorocabana”, os padres queimavam bíblias em praça pública, ele mesmo sendo perseguido na obra de evangelização. Ponderei que, “mutatis, mutandis”, os protestantes fizeram o mesmo com os católicos dos Estados Unidos, organizando piquetes com “posters” e marchando, em círculos, ao redor dos templos católicos, chamando-os de hereges e perturbando-lhes o sossego.<br />
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Era um confronto natural pois nós, os jovens, nos deparávamos com uma Igreja Romana renovada pela mente iluminada do papa João XXIII, talvez o mais importante que já esteve na cátedra de Pedro, enquanto Azor Etz Rodrigues, Sherlock Nogueira, Severino Alves de Lima, Sebastião Gomes Moreira, Manoel Machado, Isaac Gonçálves do Vale e outros pastores excelentes, incluindo o extraordinário Eduardo Carlos Pereira de Magalhães, conviveram com um catolicismo retrógrado e unha-e-carne com o governo, a ponto de dizer-se que “ninguém governa o Brasil sem o apoio da Igreja Católica”. A propósito, quase que se pode afirmar hoje que ninguém governa o Brasil COM a Igreja Católica, eis que a Confederação Nacional dos Bispos vive se pronunciando contra os governos constituídos e a corrupção, em defesa dos direitos do cidadão.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-45555743173500946602010-04-24T11:38:00.000-07:002016-02-25T15:49:01.497-08:00Início na "Semana de oração pela unidade cristã"Em 3 de novembro de 2001, dei início ao levantamento destes dados, sem a menor pretensão de que sejam completos. <br />
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Tudo começou em Curitiba, a “cidade sorriso”, quando o primeiro Centro Ecumênico foi organizado no Brasil, com sede no Colégio Nossa Senhora de Sion. Teve a participação de frades, freiras e pastores protestantes antes mesmo do Rio de Janeiro, que começou uns seis meses depois com frei Romeu Dale. Jether Ramalho, da Igreja Congregacional, Waldo César, da Igreja Presbiteriana, e outros mais. Do Centro pioneiro sou um dos fundadores, juntamente com os Revs. Éber Fernandes Férrer, Sátilas do Amaral Camargo, Antônio Jairo Porto Alegre, Richard Canfield, Elias Abrahão e Heinz Ehlert.<br />
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O Centro realizou a “Semana de Oração pela Unidade Cristã”. Era uma das suas primeiras atividades, com troca de púlpitos, o que me causaria muitos problemas eclesiásticos futuros pelo inusitado da prática. Numa reunião do Supremo Concílio, no Seminário, em que vim como representante do Presbitério Sul Paraná, “seu” Azor, o notável e maravilhoso pastor de Assis, chamou-me de lado e me perguntou como eu poderia por no púlpito da nossa Igreja um sacerdote católico.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-9706430878482877112010-04-24T11:32:00.000-07:002010-04-24T11:34:31.387-07:00"Toda unanimidade é burra", dizia Nélson RodriguesCerto está, pois, que outros membros da família e da Igreja, porventura aqui mencionados, verão, com olhos diferentes, vários episódios aqui narrados e a maneira como foram por mim interpretados, o que aceito com naturalidade. Peço, porém, a devida vênia, para apresentá-los segundo o meu modo de ver. São estas, pois, mais memórias de minha própria vida do que um álbum de família feito com rigores científicos.<br /><br />Aqui se encontram fatos. Muitos fatos. Isso não quer dizer que OUTROS não tenham ocorrido com os mesmos personagens. Mais por desconhecimento meu do que por qualquer outro motivo, eles não estão aqui mencionados. É mistér, então, deixar isso assinalado, pois acontecimentos outros que aqui faltam poderão eventualmente dar um panorama mais exato das pessoas referidas.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-15226212078995118492010-04-24T00:38:00.000-07:002010-04-24T00:40:43.161-07:00Sou seu amigo, mas a verdade é minha amicíssimaInevitável será o caráter de auto-biografia destes apontamentos. Não gostaria de chamá-los assim, porque, afinal, a biografia de si mesmo é, em geral, uma forma de se falar bem ou mal de outras pessoas... Mas não terá existido, quiçá, livro algum que não expressasse a ótica do seu autor. Espero, outrossim, não incorrer num erro a que a grande escritora Lygia Fagundes Telles se referiu numa entrevista à revista ISTOÉ de 24/4/2002. Não tendo jamais escrito sua auto-biografia nem cogitando fazê-lo, ela explicou : “Eu inventaria muito”.<br /><br />Todo o empenho colocarei para ser fiel ao pensamento atribuído a Aristóteles, que memorizei em latim e procurei sempre por em prática: “AMICO PLATO, SED VERITAS, AMICISSIMA”. Sou amigo de Platão, mas muito mais amigo da verdade.<br /> <br />E se alcançar meu desejo de aqui só dizer a verdade, é mais do que certo que algumas pessoas não gostarão do que eventualmente lerem. Afinal, Albert Einstein já dizia : “Se você sair para dizer a verdade, deixe a elegância para o alfaiate”. Se o mundo odiou Jesus sem motivo, como relata São João, quem sou eu para que todos gostem de mim ? Quem não teve inimigos foi porque não pensou. Logo, segundo René Descartes, o maior filósofo francês de todos os tempos, não existiu...Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-56618901076144453482010-04-24T00:33:00.000-07:002016-02-25T15:44:48.411-08:00Um Deus que não é de justiça, mas de amor e perdãoOxalá esta história, minha e de nós todos, possa – longe de promover ressentimentos – contribuir para que melhor nos conheçamos, mais nos amemos e gratos mais sejamos ao nosso Deus e Pai que nos entrelaçou com tanta gente boa, de quem nos orgulhamos de ser parentes.<br />
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Aqueles que porventura tropeçaram e tiveram atitudes menos dignas, são justamente os que maior amor merecem. Não fez assim o pai do filho pródigo? O Pai nosso, muito mais que um pai justo, é um pai de amor e de perdão. Assim, sem deixarmos de reconhecer nossos erros, devemos lembrar que no próprio Satanás, o príncipe deste mundo, encarnação do mal, há uma grande virtude: a perseverança. E todos têm seu lado bom.<br />
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O julgamento pertence ao Senhor, que é o justo Juiz. Num balanço geral, entretanto, é forçoso render graças ao Altíssimo por homens e mulheres, ligados por laços de sangue nesta família, “dos quais o mundo não é digno”, como escreveu o autor da epístola aos Hebreus.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-90814115150224189222010-04-24T00:20:00.000-07:002016-02-25T15:43:44.523-08:00No roseiral da vida existem rosas e espinhosNum trabalho desta natureza, abrangendo tantas pessoas e cerca de dois séculos, é natural que, entre elas, tenham ocorrido alguns episódios desagradáveis, rupturas traumáticas, sofrimentos bem grandes. Para alguns, o simples registrar de tais acontecimentos pode trazer amargura e até lágrimas. Poderiam pedir-me que os omitisse, para não desenterrar as tristezas de relacionamentos rompidos. São, no entanto, páginas reais e, querendo nós ou não, fazem parte da história.<br />
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Ao registrá-los – e o farei com a discrição possível – peço a compreensão de todos. Usarei o critério da Bíblia, para muitos de nós a Palavra de Deus revelada, em relação ao seu povo e à sua igreja: ela conta o caso como foi e não como deveria ter sido. Assim é que vemos o grande Davi, ascendente direto de Jesus, em altos píncaros espirituais, escrevendo o Salmo 23 e cometendo terrível assassinato ao mandar que deixassem o general Urias morrer para ficar com a mulher dele, Betsabá. Na genealogia do próprio Senhor Jesus está registrado que havia quatro mulheres pecadoras, uma delas Raabe, a meretriz.<br />
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Assim é a vida. Ao contemplar um roseiral, erra o pessimista, que só vê nele espinhos, e erra o otimista, que só enxerga as rosas. No roseiral da vida há rosas e espinhos e é vendo os dois que contemplamos a realidade.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5964803728478609641.post-61515536194446386522010-04-24T00:13:00.000-07:002016-02-25T15:42:27.194-08:00"Semana Evangélica" e "O Estandarte", órgãos oficiais da IPIDeixou-nos ainda uma biografia do primeiro padre católico convertido ao protestantismo intitulada “O padre José Manuel da Conceição” (1937), “As guerras hussitas” e “Ecos da Boêmia” (Rio de Janeiro, 1919), onde trata das biografias de João Huss e Jerônimo, de Praga. Incontáveis artigos seus figuram nas páginas de "O Estandarte" e da “Semana Evangélica”, esta que foi órgão oficial da Igreja Presbiteriana Independente nos anos vinte, além de preciosos folhetos, muitos deles reunidos numa coleção sob o título “Opúsculos”. Um desses biografa a esposa Henriqueta. <br />
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Na “Revista de Cultura Religiosa”, gerenciada pelo tio Vicentinho, preciosíssimo arquivo do que havia de melhor no protestantismo (1923-1926), o vovô fez um levantamento das publicações evangélicas do país. Possuía imensa coleção de folhetos das diversas denominações que, encadernada, foi doada pelo papai ao Museu da Igreja Presbiteriana Independente. Numa das edições de “O Som do Evangelho”, boletim que publiquei de 1978 a 1979, levantei também o nome das publicações da época, em trabalho sucinto, em nada comparável ao alentado rol do vovô.<br />
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Por um desses caprichos do destino, registro que tia Lotte, quando mocinha, foi aluna do vovô Vicente no Instituto “José Manuel da Conceição” em Jandira, SP. Jamais imaginaria ela que viria a ser tia de um neto dele.Iatã Themudo Lessahttp://www.blogger.com/profile/15876076029099215819noreply@blogger.com0